Representar e motivar, buscar bebidas ao bar
Fumar e beber até as costuras rebentar
Temos que manter, exacto, manter o que temos que fazer
Temos que ser, corresponder para viver
E é assim, assim é, até mais ver, vais ver
Tem que ser pra quem quiser poder querer mais ter
Esquecer o passado, viver o presente, futuro não existe
Foi endrominado, passado a pente fino, ouviste?
E sentiste? Não, passou despercebido ao ouvido
E à vista, mesmo ao lado de cada sentido
Cada respirar, cada arfar, cada entrada de ar
Cada dia que saíamos à rua para avisar
Movimento, confusão, a cidade é um turbilhão
Se nos deixarmos levar, arrastar-se no furacão
Imóveis são móveis em que as gavetas são apartamentos
Famílias empilhadas, arrumadas em compartimentos
Edifícios, bairros, muita gente, muitos vicios
Muitas classes sociais, muita diferença em muitos sítios
Muitos carros, trânsito, calor e frio do suor
Que lava as caras do esforço feito para apagar a dor
O trabalho que não leva a nada, outra vida empanada
Enganada, sem proveito, com efeito, forçada
A ser o que não queria, mais uma noite e outro dia
Mais contribuição para a sociedade onde a liberdade não pia
Olhos bem abertos, sistemas alerta também
Nesta selva urbana é difícil confiar em alguém
Uma noite e outra noite, um dia e outro dia
Outra noite e outro dia, pra poder viver
Olhos bem abertos, sistemas alerta também
Nesta selva urbana é difícil confiar em alguém
Uma noite e outra noite, um dia e outro dia
Outra noite e outro dia, pra poder viver
Acender e travar, absorver pra embriagar
Escutar e pensar, para tentar compreender
A mensagem que trespassa os limites do vácuo urbano
Ser humano é ser desumano, é algo que já é mundano, mano
Quem era ou quem são, no ventre da demolição
Pelotão comó ditado, em guerra de sexos, a visão
No meio de edifícios, edificados por almas pobres
A tentar penetrar em solo de horários nobres
Por pobres, ricos impróprios pra consumo livre
Porque se livre é não se consumir energia, de quem vive
As ruas são os caminhos da perdição pagã
Ardem, como Sodoma e Gomorra
Pactos com satã fazem-me subir em exôdo ou fuga cobarde
Do destino, enfrenta-o, constrói-o com arte
Protege a verdade, e se fores fiel, usa e abusa da influência
Pra quem acusa a inteligência, de arrogância, ganância
Toma conta enquanto monta estratagemas
Pa criar problemas a quem afronta esquemas
Inventados pra não serem confrontados
Fumar, pintar, gritar, sentimo-nos representados
Infectados por um vírus positivo musical
Que torna o subjectivo, do ser-se ou não ser um ser normal
Versos funcionais, indicações contra instituições
Leis, morais e castrações, secretas conexões
Outra noite e outro dia pra poder viver
Fumar e beber, representar e manter
Outra noite e outro dia pra poder viver
Fumar e beber, representar e manter
Olhos bem abertos, sistemas alerta também
Nesta selva urbana é difícil confiar em alguém
Uma noite e outra noite, um dia e outro dia
Outra noite e outro dia, pra poder viver
Outra noite e outro dia
Outra noite e outro dia
Pra poder viver
Pra poder viver
Outra noite e outro dia
Outra noite e outro dia
Pra poder viver
Pra poder viver
Representar e motivar
Manter . .