[Intro: Sample]
"Vim pra sabotar-tar-tar-tar
Vim pra sabotar seu raciocínio"
[Verso 1: Sabotage]
Mesmo estando ausente, haverá sempre quem critique
Cerveja, whisky, um trago, um isqueiro
Os manifestos maléficos do homem ao próprio fim
A química é o demo e quer então nos destruir
Vários da função, são sangue bom que viciaram
Do Brooklin ao Canão, tem branca pura em Santo Amaro
Muitos que estão com o pensamento ao contrário
Quem não se aposentou, só se tá preso ou é finado
Alguns pedindo nos faróis, desnorteados
Tem química na fita, contamina os brasileiros
Criança de seis anos com um cigarro nos dedos
Só no descabelo, como disse o sem cabelo eu creio, (eh)
Que o poder quer atitude e o respeito
Mas observe os pretos sendo tirados no Brasil inteiro
Então prefiro, sim, o fininho do que me diz
Do que a pedra no cachimbo e o pó no nariz
Afinal é tipo assim, pretendo usufruir
Já vi vários lutarem contra o vício e conseguir
Basta saber esperar, ligeiro e não vacilar
Na moralina, toda estrela sei que há de brilhar, porque
[Refrão: Sabotage]
Com a cocaína vou parar
Eu sei, coca eu sei que mata
Por isso tenho que parar de cheirar
Nessas eu não posso desandar (2x)
[Verso 2: Sombra]
Tipo daquele jeito, quando terminar esse som (não vai ser bom)
Os maluco doido vão ficar mais louco
Mas que sufoco na maior das adrenalina (mó zica)
Com a cara e a narina e uma carreira de farinha
Ops, ops, ops, vish, vish, espera lá
Na capa do caderno só o pó, ô dó!
Como é que pode, aí não tem jeito
(Aí ficou feio) No pega pra capar, bobeou levou um sacode
Saca só sem vacilar, preste atenção
Propósito futurista, se livre das drogas
Labirinto sem rumo, sem volta
(Eh, eh) Pode não dar trilha sonora
Moleque ranhento com juízo se importa
Sandrão, Helião, Sabotage, por essa eu não esperava
Droga eu sei que mata
[Verso 3: Bastardo]
Males isso eu não pretendo para os meus irmãos
Não quero ficar tipo só o pó na capa do caderno
Em dialeto master-ligado, dicionário
No bolso e a leitura de um livro é necessário
Informação a toda a nação
[Refrão]
[Verso 4: Sabotage]
Aí, sem falsidade, conheço manos tão feliz
Usava só um baseado e não afundava o nariz
Começou a colar com certas rapaziadas
Não mandava uma inteira mas ficava com a rapa
Eles foi pra mão do cara, o tal do Satanás
E o desprezo e a vergonha domina seus pais
E digo mais, ô seus pivetes, esse rapaz esquece, um zumbi
Marionete, um plano de maquete
Na quebrada aos dezessete, furtou um vídeo-cassete
Rebelde, de longe sua mãe o reconhece
O dominado e tal, o Lobo Mau, o anormal
O profissional da zona sul é mau
Roubando roupas do varal, agora o Gardenal
No quesito criminal tá em estado final
Mas eu não falo pelas costas
No sapatinho é a minha proposta
Fecha a porta, dê a volta, não mosca
Minha rima força, causou revolta
Pode crê, aí ladrão, agora só destroça
Eu deixo um salve pros manos da ruas da sul
Do Brooklin, da Family, do Anhangabaú
Da Catarina, Espraiadas, Itapevi
Fundão, Caracas, Barueri, Jardim Peri é logo ali,
São vários jogo de baralho marcado
É foda, é ver os meus manos nesse estado
Irmãos que desandaram, viajaram, não ficaram lúcidos
Chupando manga, só o pó sujo
Imundo, é foda essa parada, sujeito a tudo ou nada
Só fita furada, tá devendo e nunca paga,
Em outras áreas, recebe o nome de canalha
Irmão se for parar então que faça já, porque
Vários já morreram, foram em cana, enfim
Não quero isso pra eles e nem quero pra mim
[Refrão]